Crítica: O Homem nas Trevas
“O Homem nas Trevas tem um roteiro que com muita generosidade poderia ser chamado de medíocre. Por sorte, tem também um diretor que o emprega como mero ponto de partida para realizar um exercício de gênero eficiente que, em seus melhores momentos, consegue levar o espectador a esquecer o absurdo daquilo que está vendo na tela.
Acompanhando três ladrões que invadem a casa de uma pessoa cega, o filme é uma espécie de versão moderna do ótimo Um Clarão nas Trevas, substituindo porém a doce e frágil personagem de Audrey Hepburn pelo ex-fuzileiro vivido por Stephan Lang (Avatar), que encarna o sujeito como um homem de físico imponente que parece ter perdido não só a visão, mas também alguns parafusos ao combater no Iraque – e não demora muito até que os jovens Alex (Minnette), Rocky (Levy) e Money (Zovatto) percebam ter tentado roubar a residência de Jason Voorhees. Com isso, o roteiro de Rodo Sayagues e do diretor uruguaio Fede Alvarez gradualmente salta do suspense inicial ao puro terror, abraçando até os tipos estúpidos que infelizmente se mostram frequentes neste tipo de produção e que tentam fugir dos vilões subindo escadas que os deixarão encurralados, atiram fora oportunidades óbvias de escapar e desperdiçam chances de imobilizar de vez os monstros que na primeira oportunidade devolverão o favor com um golpe fatal.
Seguindo as convenções do gênero inclusive ao adotar uma bela jovem como protagonista (porque a sugestão de violência sexual é vista por Hollywood como recurso narrativo, não como problema), O Homem nas Trevas não é obra de sutilezas, deixando claro desde o princípio…”
(Para ler a crítica completa, é só ir em http://www.cinemaemcena.com.br/…/Fi…/8294/o-homem-nas-trevas)